A sedução dos anjos

Pede-lhe que agite bem o cu
Bertolt Brecht (Tradução de João D./2006)
Devido à inocência de Tarzan, que viveu sozinho durante muito tempo, Jane deu-lhe aulas sobre sexualidade.
Frida Kahlo foi uma artista única, para muitos é considerada a pintora do século. Apesar de seu pouco tempo de vida, deixou-nos obras magníficas e intrigantes.
Aqui Frida 'conta' uma pequena historia. De que 'Ojo Único' se casou com a belíssima 'Neferísis' (a imensamente sábia) num mês calorento e vital...
E deles nasceu um filho de rosto estranho que se chamou 'Neferúnico', que foi o fundador da cidade comumente chamada 'Lokura'
3 - SORISO, TERNURA, gota, sota, mote, MIRTO, SEXO, roto, CHAVE, SUAVE, BROTA, LICOR mão firme, AMOR assento firme, GRAÇA VIVA, VIDA PLENA, PLENA SÃO...
4 - "Sozinha com a minha grande felicidade, e a lembrança viva da menina. Passaram-se 34 anos desde que vivi esta amizade mágica e cada vez que a recordo, mais ela se aviva e mais cresce dentro do meu mundo. PINZÓN 1950, Frida Kahlo"
5 - Pés para que os quero Se tenho asas para voar. 1953."
6 - "Apoio número 1 Apoio número 2 A pomba se enganou. Se enganou........"
Para se entender as pinturas de Frida Kalho é necessário conhecer a sua vida.
Frida Nasceu em 1907 no México, mas gostava de se declarar filha da revolução ao dizer que havia nascido em 1910. A sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias; aos seis anos contraiu poliomelite, o que a deixou coxa. Já havia superado essa deficiência quando o autocarro em que passeava chocou contra um elétrico. Ela sofreu multiplas fraturas e uma barra de ferro trespassou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina . Por causa deste último fez várias cirurgias e ficou muito tempo presa a uma cama.
Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima da sua cama. Frida sempre se pintou a si mesma: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor". As suas angustias, suas vivências, seus medos e principalmente seu amor pelo marido Diego Rivera.
A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos. A maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as sequelas do acidente impossibilitaram-na de levar uma gestação até o final), o que ficou claro em muitos dos seus quadros.
Os seus quadros refletiam o momento pelo qual passava e, embora fossem bastante "fortes", não eram surrealistas: "Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade". Frida contraiu uma pneumonia e morreu em 1954 de embolia pulmonar, mas no seu diário a última frase causa dúvidas: "Espero alegremente a saída - e espero nunca mais voltar - Frida". Talvez Frida não suportasse mais.